Mais conhecido como bandolinista, neste trabalho o compositor Pedro Amorim canta acompanhado pelo próprio violão. A polirritmia das influências musicais africanas mostra sua força na presença dos percussionistas Pedro Miranda, Paulino Dias, Thiago da Serrinha e Marcus Thadeu, grandes conhecedores da rítmica afro-brasileira. O elenco inclui ainda a nobreza do clarone de Pedro Paes e o coro das pastoras Nina Wirtti, Alice Passos e Conceição Campos.
Retomando a linha de composição apresentada pela dupla Baden & Vinícius na década de 1960, Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro apropriam-se artisticamente de elementos do candomblé e da capoeira, desenvolvendo, a partir deles, um conjunto de 14 afro-sambas, lundus, chulas e jongos nunca antes reunidos em um único projeto. Inédito em sua maioria, este repertório inclui ainda as canções anteriormente gravadas por Maria Bethânia, Naná Vasconcelos, Nina Wirti e Ilessi.