Retomando a linha de composição apresentada pela dupla Baden & Vinícius na década de 1960, Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro apropriam-se artisticamente de elementos do candomblé e da capoeira, desenvolvendo, a partir deles, um conjunto encantador de 14 afro-sambas, lundus, chulas e jongos nunca antes reunidos em um único projeto. Inédito em sua maioria, este repertório inclui ainda as canções anteriormente gravadas por Maria Bethânia, Naná Vasconcelos, Nina Wirti e Ilessi.
Neste trabalho, o bandolinista e compositor Pedro Amorim canta acompanhado pelo próprio violão. A polirritmia das influências musicais africanas mostra sua força na presença dos percussionistas Paulino Dias e Thiago da Serrinha, dois profundos conhecedores da rítmica afro-brasileira. Nos shows, a percussão será reforçada pelos queridos Pedro Miranda e Marcus Thadeu. O elenco inclui ainda a beleza do clarone de Pedro Paes e a participação especial do parceiro Paulo César Pinheiro cantando em uma das faixas do CD.
Pedro Amorim e Paulo César Pinheiro
Músico que tem no bandolim seu instrumento principal – ao lado do cavaquinho, banjo, violão e violão tenor –, Pedro Amorim está presente na história da música brasileira ao lado de muitos dos nossos mais significativos artistas. Ao longo da carreira participou de discos e shows de Elizeth Cardoso, Chico Buarque, Francis Hime, Zé Renato, Moacyr Luz, Dona Ivone Lara, Joel Nascimento, Turíbio Santos e muitos outros. Várias vezes premiada, sua discografia contempla a obra de compositores como Ernesto Nazareth, João Pernambuco, Luperce Miranda, Canhoto da Paraíba, Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro – seu parceiro mais constante. Suas composições vêm sendo gravadas por intérpretes como Maria Bethânia, Roberta Sá, Ney Matogrosso, Naná Vasconcelos, Teresa Cristina, Pedro Miranda, Nina Wirti e Ilessi. Um dos professores fundadores da Escola Portátil de Música, tem viajado pelo Brasil e pelo mundo, sempre divulgando a música brasileira, especialmente o choro e o samba.
http://www.pedro-amorim.com/
Poeta, letrista e compositor
Com cerca de duas mil letras feitas para as melodias de mais de cem parceiros e gravadas por mais de quinhentos intérpretes, Paulo César Pinheiro figura como o mais produtivo letrista brasileiro. Em plena atividade aos 68 de idade e 49 de carreira, é autor de clássicos como Quaquaraquaquá (c/ Baden Powell), Espelho (c/ João Nogueira), Desenredo (c/ Dori Caymmi), Portela na Avenida (c/ Mauro Duarte), Ingênuo (c/ Pixinguinha) e Matita-Perê (c/ Tom Jobim). Muitas de suas letras tornaram-se populares nas vozes de intérpretes como Elis Regina (Lapinha), Elizeth Cardoso (Refém da Solidão) e Clara Nunes (Menino-Deus), ocupando um lugar fundamental na memória de nossa música popular.
"maravilha"
ABELARDO DE LIMA PORTO, 17/01/2018